A identidade talvez seja o caminho mais arriscado
para chegarmos até nós, para nos descobrirmos. É impossível encontrar uma
resposta para a pergunta ‘Quem sou eu?’. A imperfeição que a nossa mente cria
sobre uma identidade forjada que muda constantemente não pode ser evidenciada
por um corpo vestido de panos e uma alma, uma essência, vestida de conceitos
primordiais e ao mesmo tempo básicos de sobrevivência que, por vezes, não fazem
sentido e tornam-se patéticos, tornam-nos patéticos.
A identidade ou aquilo que entendemos como
identidade produz em nós o efeito de identificação com algo. Tornamo-nos uma
espécie de Errante numa viagem em busca de uma identidade perdida e adulterada
pelos novos conceitos e pelas novas tendências.
Vivemos atrás de
quimeras que não nos deixam ver que a nossa identidade é mutável e fragmenta-se
mesmo antes que a nossa consciência possa pensar que existiu. Contudo, o Homem
precisa de quimeras para poder interpretar a sua própria identidade.