sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Ao teu lado (num banco de jardim)




Vem sentar-te a meu lado neste banco de jardim, onde vês todos a atravessarem a rua com o dobro dos passos e nem reparam em quem os olha. Até poderíamos falar de mim ou de ti, ou limitar-nos a falar do tempo, porque ontem estava chuva e hoje está um dia de sol intenso. E que tal se ficássemos impávidos e serenos a olhar para os pombos que vêm beber a um bebedouro que sempre esteve ali mas que só eles sabem que existe. Também poderíamos prestar atenção a aquele rapaz que tenta chamar a atenção da mãe mas que é ignorado porque ela está a discutir com um homem que nem é o marido.
Poderia falar-te de um livro muito bom que não li e tu ficarias encantada e pensarias que eu até o tinha lido, ou quem sabe tu contarias um episódio da telenovela da qual és fã e eu nem sequer sei se existe porque tem um nome estranho e mesmo que soubesse não iria admitir que não perdia um episódio.
Mesmo que te sentasses ao meu lado e dissesses apenas “Bom Dia!” eu até poderia ficar calado mas não deixaria de reparar em ti porque estavas ao meu lado num banco de jardim, onde vês todos a …

_Posso sentar-me ao teu lado neste banco de jardim?


3 comentários:

Anônimo disse...

Começas a dar os primeiros passos no blog... com pouca coisa, mas ja é um começo! :) espero ver o teu blog repleto de coisas interessantes e bonitas! :)

Sílvio Mendes disse...

Magnífico arranque.
Estarei por aqui,
sempre a acompanhar.

Abraço.

Anônimo disse...

Que lindos poemas que aqui tens meu amigo!Confesso que fiquei impressionada!Continua assim!BOOOOOMMMM!!=)