segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Aos Poetas


Benditos sejam todos os poetas! Muitas festas que façam felizes as pessoas, para que possamos sorrir todos os dias.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

UM POEMA DE NATAL DE FERNANDO PESSOA

Natal... Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
Estou só e sonho saudade.

E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!

Fernando Pessoa

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O seu relato


Abaixo o consumismo exagerado
E este amor oco,
É tempo de partilha,
Tempo de amor, do verdadeiro amor.
Por momentos esquece o teu inimigo,
E considera-o um grande amigo.
Porque é tempo de amar
De viver, de sonhar e de acreditar,
Acreditar na mudança e ter esperança,
Esperança de que tudo continuará
Para além das hipocrisias e das mentiras,
Que por momentos desaparecem
Nos sorrisos e beijos forçados
Dados porque ficam sempre bem.
E porque ninguém sabe o que pensam
Mas demonstram amar e não odiar,
Porque é Natal, Tempo de Amor
Do Verdadeiro Amor.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Fora de tempo


O belo som do silêncio leva-nos para além desta vida. Conduz-nos para fora do lado obscuro, numa direcção oposta a todo o sentido trágico da vida.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Insónia do amor


E se um dia acordamos diferentes?
Olha para mim como sou. Sinto-me no infinito,
E nem por um instante largo a mão da beleza do teu rosto.
Mas há dias em que somos assim, sem iguais.

E, podemos ser o princípio e o fim, mas,
Vamos ser sempre paixão!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Simplesmente simples


É uma questão de fé, totalmente arbitrária e aleatória, mas pode acontecer. Até porque nós, os extraordinários, somos poucos, mas andamos por aí.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

"...o velho jornalista morrera silenciosamente no seu sono, asfixiado pelas emanações do fogão estúpido. O gato tigrado não comia nada havia dois dias, mas não se atrevera a devorar o seu dono..."

Orhan Pamuk; Os Jardins da Memória

sábado, 11 de outubro de 2008

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Silêncio nas Palavras


O silêncio permite ter uma vida por dentro, que passa por cima da pressa, da confusão, das sensações e faz-te permanecer em sossego. Como no fundo do mar, longe das ondas e do vento.

sábado, 20 de setembro de 2008

Velocidade Terminal


Um.
Qual será o peso de uma alma?
Segue-me! Deixamos o corpo lá fora e unidos pelo sentimento caminhamos em direcção ao eterno azul.
É capaz de ser o céu.
Ou, então uma alma quase morta sem uma direcção nas mãos.

Não sei quantas almas tenho,
Mas vou estar sempre aqui.

Dois.
Dói-me a alma!
Toca-me no silêncio e abraça-me a uma velocidade terminal,
Porque aqui morrerei.

Entre a paz e a esperança de te ter,
Hei de voltar.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

domingo, 31 de agosto de 2008


O escuro torna-os diferentes,
E a elegância do passado mata-os.

Sedentos de amor,
Ouvem coisas sem sentido.
Mas mantêm-se vivos,
Porque estão carentes.

sábado, 23 de agosto de 2008

Tesouros Submersos



Um.
Onde me levas?
Este itinerário é apenas de um sentido! Dá-me a tua mão por cima de tudo, rasgamos a luz e a sombra que nos acaricia, mergulhamos nas coisas que guardo, mas que nem sempre fazem o mínimo sentido, porque tu estas aqui.
Longe está tudo o que penso, mas faz-me o favor de não dizer nada, absolutamente nada, porque às vezes os anjos caem primeiro e o segredo está no sentimento.

Dois.
Deitados sobre o medo, ouvem um eco vazio que é sincero.
A proximidade das palavras dança numa alma só, e a intranquilidade de um olhar retardado faz-se sentir num súbito toque discreto.

Ela já se foi mas ele ouve-a na mesma.
_ Prometo regressar!

sábado, 16 de agosto de 2008

Outro lado


"Não desesperem, almas tristes. Ainda nos restam 50 quilos de vida. E acreditem, eles não sabem que do outro lado há nuvens e fogo, ribeiras de amor trazidas de outro lugar. E um cisne que diz a sua idade com os dedos…"

sábado, 26 de julho de 2008

Sentimentos Retardados


Um.
Que queres tu de mim?
Não sei estar sozinha! E os viajantes são silenciosos e pacientes mas nunca dizem ao certo por onde andaram, apenas dizem que todo o seu silêncio é paciente e lá podemos encontrar os maiores sentimentos.
Há coisas que nunca mudam, o teu olhar nunca muda e acho que o futuro faz-te rir, porque será o lugar onde a solidão se fustiga e tudo terá um novo sabor.

Dois.
Quem se lembra do passado?
Alguns com nostalgia, outros lembram sem importância no início mas depois vagueiam no escuro por uma bela recordação.
Os sentimentos são retardados e já não há notas que toquem a saudade.
Mas o passado é tudo aquilo que não conseguimos ser, tudo aquilo que ficou atrás do palco sob o rosto de pano.

Existem sonhos à tua espera!
E como não sabes estar sozinha,
Eu lá estarei. Princesa.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Busca desvairada

Um.
Diferentes!
Vestem a farda que os move,
esfregam as mãos e lá vão eles.
Dois minutos passados,
sentem o cheiro eterno de mais um dia.

Fecham os olhos ao trabalho,
entregam-se à sedenta fome de delírio
que os corrói lentamente.
E, escarnecem deles porque são todos iguais.

Dois.
Aqui as palavras são diferentes,
são poderosas mas passam ao lado.

Todos lutam por momentos de verdade, e,
acreditam que a verdade é estar vivo.
Mas sangram apenas para saberem se é verdade,
ou, simplesmente, para que o mundo os veja.

Não sentem, não compreendem
Porque não sabem quem são,
mas riem de mim porque sou diferente.

domingo, 6 de julho de 2008

Bela Desconhecida



Encontrava-me na impossibilidade de alcançar o seu pensamento.

Era difícil sem dúvida alcança-lo, mas isso não me causava qualquer sofrimento, era um aspecto da vida que eu precisava de considerar como normal.

Beija-la! Não podia beija-la porque ia aceder a uma existência mais agradável.

E depois, amo sem saber o nome, lembro sem fixar o rosto.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Para Avó (quatro anos depois)


Ali sentada, corrias apressada para um final incerto.
De repente o seu último desejo: uma chavena de leite.

As pessoas não morrem, apenas deixam de se ver... Todos nós somos eternos, e ao contrário da chuva as memórias não acabam.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Insane delirium


Que todas as criaturas da Noite te invejem, neste dia em que este mundo maquinal transformou-se num reino imaginário, repleto de contos de fadas, com príncipes e princesas, onde a escuridão não tem lugar! São criaturas místicas que caem sob a forma de gotas de chuva... Que vêm deslizando suavemente... Pairam a meus pés... E com breves gestos oferecem-me o mundo... Toda a Luxúria, e com ela a Volúpia, a Escuridão e também o Amor... Que percorre-me a velocidades jamais atingidas por outro ser... Esse Amor, que faz meu corpo morto renascer outra e outra vez... Maldito espectro hesitante!!! Encontro-me melancólica em meus aposentos... À espera da noite, porque com ela meu príncipe surgirá também... Juntos fugiremos para outros recantos... Lugares onde a mente humana não alcança... Essa floresta!!! Onde tantas vezes perdemo-nos descontroladamente um no outro. Como um vampiro sedento de sangue. Que espera a sua próxima vítima longe daqui. E nada mais resta excepto o teu olhar. Eu não sou nada. És tudo. Porque consegues ver o vazio em meus olhos. Toda a inexpressividade. Toda a inércia e o desejo de ser tomada novamente em teus sôfregos braços...

Marina

terça-feira, 1 de abril de 2008

Eles, Nós..


Creio que todas as ruas têm os seus cómicos involuntários, assim como têm os seus vilões, os seus heróis e os seus idiotas!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O teu perfume





Expande-se no ar como coisas sem fim, exaltando os arroubos da alma e dos sentidos. Pronuncia por vezes palavras tão vivas repletas de sensações. A realidade não tem sentido em si mesma, mergulha numa emoção de aromas fascinantes.
Um novo aroma caminha, observado em íntimos olhares, contagiando tudo em seu redor.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Toque..




É a sensação de toque.
Numa cidade a sério as pessoas caminham, roçam umas nas outras, trocam encontrões…
Aqui, ninguém se toca. Estamos sempre atrás do metal e vidro.
A falta desse toque é tão dolorosa, que nos espetamos contras os outros só para sentir qualquer coisa.
Tornamo-nos prisioneiros de um universo de palavras impessoais, sem toque, sem sabor e sem gosto.