terça-feira, 3 de julho de 2007

Uma rua...


Numa rua esquecida vejo:
uma rica pobreza
uma imensa tristeza
uma mão a pedir
para uma identidade omitir
uma lágrima a cair
sem ninguém pedir
uma lenta corrida
em direcção ao precipício
uma sociedade corrompida
possuída pelo vicio
uma curva estranha
que nos leva sempre em frente
aquela chuva que cai
e para de repente
uma criança que chora
num gesto inocente
verdadeiro e sincero
esta e a única boca que nunca mente.

Gonçalo

3 comentários:

Anônimo disse...

oi....tá fixe o poema, continua e escrever...bjs fica bem.

Sircaras.

Heraclita disse...

Fantástico! Um texto escrito com um coração que, provavelmente, viu a dolência de um Ser que, na sua inocência, na sua mais pobre existência sonha com tudo e com nada... Receia o mundo que o rodeia, podre de disparidades... As pessoas, cada vez mais fracas, ocas e malignas onde o que reina, com primazia, é o PARECER e não o SER... Um texto riquíssimo, onde se espreme mais e mais e cada vez mais, extraindo uma sortida quantidade de sentidos para a dura realidade vivida por crianças pelo mundo fora. Parabéns, Gonçalo! :)

Unknown disse...

Gostei de vos conhecer e vou regressar.

Saudações.

ZezinhoMota