terça-feira, 3 de julho de 2007
Uma rua...

Numa rua esquecida vejo:
uma rica pobreza
uma imensa tristeza
uma mão a pedir
para uma identidade omitir
uma lágrima a cair
sem ninguém pedir
uma lenta corrida
em direcção ao precipício
uma sociedade corrompida
possuída pelo vicio
uma curva estranha
que nos leva sempre em frente
aquela chuva que cai
e para de repente
uma criança que chora
num gesto inocente
verdadeiro e sincero
esta e a única boca que nunca mente.
Gonçalo
terça-feira, 1 de maio de 2007
Vazio
domingo, 29 de abril de 2007
Quero..

Quero ser mar,
noite dos teus e dos meus sonhos,
dos sonhos impossíveis
dos que amamos sem rancor
Quero achar as palavras
e as carícias
dar-te a mão e voar
levando-te comigo.
Estás comigo na noite,
no silêncio do mundo
tenho a ternura necessária
para ser palavra
para recordar-te
sem temer o sonho
e saber que és já necessidade.
dos sonhos impossíveis
dos que amamos sem rancor
Quero achar as palavras
e as carícias
dar-te a mão e voar
levando-te comigo.
Estás comigo na noite,
no silêncio do mundo
tenho a ternura necessária
para ser palavra
para recordar-te
sem temer o sonho
e saber que és já necessidade.
terça-feira, 10 de abril de 2007
Contador de Sonhos
Havia muita gente na rua naquele dia. Eu caminhava no passeio, depressa. A multidão não parava de passar, caminhavam empurrando-se uns as outros. A certa altura encontro-me a frente de um homem, dizia que era o Contador de Sonhos, já tinha sonhado com tudo mas não passava de um mero sonhador num mundo cheio de sonhadores. Durante breves segundo paro a minha caminhada, gostava de lhe perguntar alguma coisa.
_ Contador de Sonhos!!! Conta-me o teu sonho!
Sonhas com o mar, as estrelas e a lua mas por quem sonhas?
Sonhas com a voz cristalina da criança, será porque o seu sorriso enfeita a manhã ou porque na sua inocência há um coração magoado?
Mas diz-me se nos teus sonhos o teu coração sente o que tu queres sentir ou se ele voa sem rumo a procura de quem ama? E se sempre que tudo parece acabar, ganhas coragem e estas pronto para começar de novo?
Diz-me se sonhas com ela? Se ela existe, e se sempre que lhe tentas tocar ela foge-te por entre os dedos.
Sei que sonhas com novos começos mas será que estas pronto para começar sem ela?
É pelo sonho que chegamos ou não chegamos, que partimos ou ficamos num tempo remoto sem vida, fé e sem esperança naquilo que talvez não teremos porque não sonhamos. Mas tu sonhas e a terra não brilha mais do que o sol, achas que todo este mundo de sonhadores vale a pena existir onde todos estão errados?
Contador de Sonhos, esse teu silêncio é a prova de que nos sonhos tudo pode acontecer mas quando acordas nada do que sonhaste existe? Ou estás para aí a pensar que todos nós tentamos alcançar o que sonhamos mesmo que não acreditemos que tal é possível?
_ Contador de Sonhos!!! Conta-me o teu sonho!
Sonhas com o mar, as estrelas e a lua mas por quem sonhas?
Sonhas com a voz cristalina da criança, será porque o seu sorriso enfeita a manhã ou porque na sua inocência há um coração magoado?
Mas diz-me se nos teus sonhos o teu coração sente o que tu queres sentir ou se ele voa sem rumo a procura de quem ama? E se sempre que tudo parece acabar, ganhas coragem e estas pronto para começar de novo?
Diz-me se sonhas com ela? Se ela existe, e se sempre que lhe tentas tocar ela foge-te por entre os dedos.
Sei que sonhas com novos começos mas será que estas pronto para começar sem ela?
É pelo sonho que chegamos ou não chegamos, que partimos ou ficamos num tempo remoto sem vida, fé e sem esperança naquilo que talvez não teremos porque não sonhamos. Mas tu sonhas e a terra não brilha mais do que o sol, achas que todo este mundo de sonhadores vale a pena existir onde todos estão errados?
Contador de Sonhos, esse teu silêncio é a prova de que nos sonhos tudo pode acontecer mas quando acordas nada do que sonhaste existe? Ou estás para aí a pensar que todos nós tentamos alcançar o que sonhamos mesmo que não acreditemos que tal é possível?
O silêncio permite ter uma vida por dentro, que passa por cima da pressa, da confusão das sensações e faz-te permanecer em sossego, como o fundo do mar, longe das ondas e do vento.
É pelo silêncio que entras no mundo dos sonhos? Era importante que eu lá entrasse porque quero sonhar como tu, quero voar e acreditar no amor, acreditar que tudo pode existir mesmo quando acordo.
Diz-me porque fugimos, porque não queremos esta sensação de liberdade?
quinta-feira, 22 de março de 2007
Se alguém quiser...

Se alguém quiser
compreender-me
que me olhe nos olhos
e esqueça tudo o que sente,
que me dê a mão
e se deixe levar pela imaginação,
(mas ninguém quer
… e ainda bem)
Quem quiser
compreender-me
que se sente a meu lado
neste banco de jardim
e se deixe levar pelo sonho
compreender-me
que me olhe nos olhos
e esqueça tudo o que sente,
que me dê a mão
e se deixe levar pela imaginação,
(mas ninguém quer
… e ainda bem)
Quem quiser
compreender-me
que se sente a meu lado
neste banco de jardim
e se deixe levar pelo sonho
trazendo no corpo a sensibilidade
que nunca consegue despir
(mas vale a pena
alguém querê-lo?)
Se tu quisesses
ao menos tu
(que louco sou
pensando em ti,
recordando tudo quanto
não compreendi…)
que nunca consegue despir
(mas vale a pena
alguém querê-lo?)
Se tu quisesses
ao menos tu
(que louco sou
pensando em ti,
recordando tudo quanto
não compreendi…)
quarta-feira, 14 de março de 2007
Poema para Catarina

Apenas as palavras
o amor e o desejo maior
esses partiram
calados ao longo das palavras.
As promessas
perderam-se por entre as infinitas certezas
e os sonhos ficaram esquecidos
a espera de um dia serem vividos.
Tomaste as palavras e os desejos
e agora por quem chamo em silêncio?
Diz-me tu
Diz-me tu de nós.
Desculpa Catarina
quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

E este amor oco
É tempo de partilha
Tempo de amor, do verdadeiro amor
Por momentos esquece o teu inimigo
E considera-o um grande amigo
Porque é tempo de amar
De viver, de sonhar e de acreditar
Acreditar na mudança e ter esperança
Esperança de que tudo continuara
Para além das hipocrisias e das mentiras
Que por momentos desaparecem
Nos sorrisos e beijos forçados
Dados porque ficam sempre bem
E porque ninguém sabe o que pensam
Mas demonstram amar e não odiar
Porque é Natal, tempo de amor
Porque é Natal, tempo de amor
(Dezembro de 2006)
sexta-feira, 26 de janeiro de 2007
Ao teu lado (num banco de jardim)

Vem sentar-te a meu lado neste banco de jardim, onde vês todos a atravessarem a rua com o dobro dos passos e nem reparam em quem os olha. Até poderíamos falar de mim ou de ti, ou limitar-nos a falar do tempo, porque ontem estava chuva e hoje está um dia de sol intenso. E que tal se ficássemos impávidos e serenos a olhar para os pombos que vêm beber a um bebedouro que sempre esteve ali mas que só eles sabem que existe. Também poderíamos prestar atenção a aquele rapaz que tenta chamar a atenção da mãe mas que é ignorado porque ela está a discutir com um homem que nem é o marido.
Poderia falar-te de um livro muito bom que não li e tu ficarias encantada e pensarias que eu até o tinha lido, ou quem sabe tu contarias um episódio da telenovela da qual és fã e eu nem sequer sei se existe porque tem um nome estranho e mesmo que soubesse não iria admitir que não perdia um episódio.
Mesmo que te sentasses ao meu lado e dissesses apenas “Bom Dia!” eu até poderia ficar calado mas não deixaria de reparar em ti porque estavas ao meu lado num banco de jardim, onde vês todos a …
_Posso sentar-me ao teu lado neste banco de jardim?
Poderia falar-te de um livro muito bom que não li e tu ficarias encantada e pensarias que eu até o tinha lido, ou quem sabe tu contarias um episódio da telenovela da qual és fã e eu nem sequer sei se existe porque tem um nome estranho e mesmo que soubesse não iria admitir que não perdia um episódio.
Mesmo que te sentasses ao meu lado e dissesses apenas “Bom Dia!” eu até poderia ficar calado mas não deixaria de reparar em ti porque estavas ao meu lado num banco de jardim, onde vês todos a …
_Posso sentar-me ao teu lado neste banco de jardim?
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